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Escrevendo Belas Artes!
Conheçam a arte escrita de Julia Lopez, membro da Academia de Letras do Brasil - ALB.
Textos

ROMANCE DE UM ESCRITOR A UMA LEITORA ANÔNIMA
 
(que se esconde sob o silêncio do pudor e da sensatez)

Estejas sob a réstia solar
Ou sob seu reflexo,
O qual chamam de luar;
Estejas na intimidade
Da alcova ou na alegre
Sala aconchegante; estejas
Lendo essas palavras
Nas páginas de um livro
Ou em alguma tela fria;
É a ti que me dirijo,
Leitora anônima!
 
Devo falar ou devo calar?
Sempre fui provocador,
Provocante, mas sempre
Mordi a língua... Agora
Decidi deixar de sentir dor
Para sentir o prazer
De abrir os lábios cálidos
De uma boca sedenta
De amor e desejo – paixão?
 
Como habitas minha mente,
Meus sonhos permeias,
E como não posso te tocar,
Às vezes penso que não existes,
Que fazes parte da minha imaginação,
Dos sonhos de um coração que apenas
Quer amar intensamente – és exatamente
como minha alma sonha e como
meu coração pretende amar!
 
Por isso escrevo palavras
Tão desesperadas que soam
Como um grito de um coração
Que implora pelo que lhe é negado
Pelo destino, para que se real
Tu não fores, ao menos sejas
Transformada em mito,
Eternizada na arte literária
– de nenhuma forma aceito
te ver pelo mundo esquecida!
 
Mas sinto que és realidade
Quando vejo tua imagem estática,
Ouço tua voz vibrante e leio
Teu belo coração de lágrimas
Emocionantes escrito em linhas
Que se estendem apaixonantes
Pela intimidade oculta
Nas madrugadas eternas
Que se findam de maneira
Tão prematura e 
abrupta
Com a indesejada chegada
Dos encantos matinais
– cantos, calor e luz!
 
Falas versos encantadores
Qual Poetisa, minha querida!
Adoro quando dizes ou escreves
Palavras carinhosas que soam
Como Poesia ao coração,
Ou quando leio inocência
E espontaneidade na frase:
– Que pena que vivas tão longe...
 
Se próximos vivêssemos,
Perto de ti não conseguiria
Ficar sem me entregar
Ao teu abraço em
desespero;
E ainda que diante de mim
Estivesse a prova máxima
Da realidade, intensamente
Te beijaria como se tudo
Fosse um sonho impossível
E estivéssemos por despertar!
 
Sentirias que há muitas eras
Estamos juntos, como se o instante
Eterno fosse – o que vai além
do carnal pelos séculos perdura!
 
Lembra-te que lês a nudez
Da minha alma a cada verso?
Sinto-me tão nu e só
Sem teus olhos curiosos!
Preciso deles: a cada lida
Minha nudez penetras mais
E mais profundo mergulhas
Na imensidão misteriosa
Do meu Ser! Enfim,
Teus olhos me fazem corar:
Decide se é por recato
Ou por me apaixonar!
 
Fecho os olhos
E me sinto diante de ti
A fitar os teus,
Vendo a mim mesmo
Nas profundezas
Da tua alma linda,
Apaixonante e serena!
 
Teu rosto delicado
E teus olhos meigos
Paz e amor inspiram
– desarmam qualquer olhar
desafiador ou de desamor;
ninguém com um resquício
de humanidade coragem teria
de te infringir alguma dor!
 
Fecho os olhos
E me sinto diante de ti!
A respiração sentimos um do outro;
A pele cálida transpira ansiosa
Pelo toque trêmulo das mãos
– toque capaz de inspirar
todo o ar do momento!
 
Sinto o calor e o rubor
Do rosto e do seio
Tão próximos e anseio
Pela febre dos teus lábios
– todos os beijos febris
deveriam ser, te lembras?
 
Sinto a boca salivar
Ao pensar em mordiscar
Teus lábios delicados,
Como se estivesse com fome,
Mas sei que é sede de desejo:
Desejo de sentir os narizes
Se tocarem próximos ao toque
Dos lábios no apaixonado beijo;
Desejo de te beijar longamente
E com minha língua avidamente
Percorrer o veludo em tua boca
Para roubar teu fôlego quente!

 
Sinto as bocas em ebulição,
Fervendo as línguas agitadas
E incontroláveis na calda do desejo!
 
Sinto evaporar teu seio
Junto ao meu peito
Que palpita acelerado
E descompassado no compasso
Cantado pelo teu coração
Puro e apaixonado
– em uníssono cantamos
como em um sacrossanto
Canto Gregoriano!
 
Sei que sonhas com o abraço
Forte e silente onde se pode
Ouvir o badalar das horas e do peito!
 
Sei que sonhas com um olhar
Sincero a cada toque,
Com novos desejos a cada beijo,
Deixando a paixão fluir
Até onde seja possível
A ternura do momento sentir!
 
Sei que sentes o coração
Como uma rosa aberta a exalar
Sentimentos e desejos; que clamas
Por uma noite de loucuras,
Amor e deleites para ao final
Feliz e aos poucos adormecer
Em meu peito cheia de esperanças
De que ao despertar ainda
Meu corpo ali sentiria,
Ou pelo menos meu cheiro
Como recordação do fim
De um sonho de amor
– que arranca fortes suspiros
que no seio deixam um vazio!
 
Sinto palpitações quando penso
Que ao te notarem distraída,
Voando distante no tempo
E no espaço, sonhando estarás
Com o hálito quente e atrevido
Dos meus lábios sussurrando
Galanteios e delícias ao ouvido!
 
Pensamos que somos loucos,
Mas essa loucura é o que parece
Ter mais sentido para nós
– somente tu tens o poder de fazer
meus lábios sorrirem sentindo
o sal das lágrimas na boca!
 
Parecemos loucos e à distância
Pensamos, sonhamos...
Sentimos, desejamos etc.
(o latim e as reticências escondem
perigos, deleites e mistérios...)
 
Nesse momento de solidão,
Quando chega natural a luz
Que cruel ordenou tua partida,
Sinto o coração pequeno
E sinto-o dentro do teu,
Que de tão belo e imenso
Inspirou tanta Poesia!
 
Julia Lopez

22/02/2014
 
 

Nota sobre a foto:  imagen da internet sem identificação de autoria. Busco exaustivamente a autoria de cada imagem, mas nem sempre a encontro. Caso alguém conheça sua autoria, por favor, me informe para que eu possa identificar a imagem e dar o merecido crédito ao artista!

 


Visitem meu Site do Escritor: http://www.escrevendobelasartes.com/

 

Julia Lopez
Enviado por Julia Lopez em 22/02/2014
Alterado em 10/01/2024
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